quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Trabalho, a quanto obrigas...


Por vezes queixamo-nos que temos imenso trabalho, que temos muito que fazer, mas nos dias que correm, abençoados sejam os que têm muito que fazer, porque os tempos que se avizinham não auguram nada de bom.
Longe vão os tempos em que existiam empregos para a vida inteira, e muitas das pessoas da empresa onde trabalho, ainda vivem nessa perspectiva de vida.
Pensam que a empresa tem de suportar com elas, sem que elas nada retribuam, sem que elas façam por merecer atenção.
O facto é que também, a empresa, por seu turno, não aplica critérios de justiça, na atribuição de “louvores”, sejam eles em forma de prémios, ou de aumentos remuneratórios, o que desgasta aqueles que ainda dão o que têm de melhor à empresa - o seu empenho – e acabam por esmorecer sem que, quer a empresa quer o próprio empregado ganhem nada com isso. Supostamente os melhores negócios são os de “ganha-ganha”, onde todos ganham… ora este, é de “perde-perde”, precisamente o oposto.
Falando por mim, acho que todos nós teríamos a ganhar se houvesse uma mudança de espírito geral, em que todos remassem para o mesmo lado, e que todos remassem… não houvessem, como é tão próprio em Portugal, 7 coordenadores para 1 executante, de qualquer tarefa que seja.
No caso de uma equipa de remo, no Japão seria, um timoneiro e 8 remadores, ao passo que cá no nosso cantinho à beira mar plantado, seriam 8 timoneiros e um remador a suportar o peso e as “ordens” contrárias de cada timoneiro!
O que me parece é que este país está pouco habituado a viver GRANDES dificuldades, como foi a 2ª Guerra Mundial, por exemplo, que habituou as pessoas a fazerem esforços conjuntos e a terem espírito de corpo.
Talvez daqui a uns anos ou mesmo mais breve do que imaginamos, tenhamos todos de repensar as nossas formas de encarar a vida…

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