Há palavras que nos beijam

Há palavras que nos beijam

Como se tivessem boca,

Palavras de amor, de esperança,

De imenso amor, de esperança louca.

Palavras nuas que beijas

Quando a noite perde o rosto,

Palavras que se recusam

Aos muros do teu desgosto.

De repente coloridas

Entre palavras sem cor,

Esperadas, inesperadas

Como a poesia ou o amor.

(O nome de quem se ama

Letra a letra revelado

No mármore distraído,

No papel abandonado)

Palavras que nos transportam

Aonde a noite é mais forte,

Ao silêncio dos amantes

Abraçados contra a morte.

Alexandre O'Neill

Lei da Atracção.

Concentrarmo-nos naquilo que queremos para nós próprios, fará com que isso seja uma realidade, mais cedo ou mais tarde… atrairemos aquilo que nos fará felizes.
Há situações das nossas vidas que nos atiram para o fundo, e pensamos que não vale a pena esperar pelo melhor, porque as coisas irão correr sempre mal, mas não …! O que tiver de correr mal, correrá mal, mas devemos esperar pelo melhor, porque o melhor estará para vir, e devemos pensar naquilo que queremos para nós, e tentar imaginá-lo, visualizá-lo nas nossas mentes. Essa concentração e pensamento nas coisas que queremos, naquilo que nos fará felizes, será atraído para nós. Talvez não nos seja dado de mão beijada, ou até requeira uma grande dose de empenho e esforço, e dificuldades pelo meio, mas isso trará um sabor ainda melhor e mais doce ao final desejado.

Sensações...

Houve um dia uma pessoa que me disse que sou uma pessoa muito intuitiva, e que deveria aprender a acreditar na minha intuição, apesar de ainda não estar muito atento a ela, naquela altura. Ao longo do tempo aprendi a prestar mais atenção à minha intuição, tendo já tido algumas provas de que funciona mesmo! Julgo que vou ser muito feliz se nela acreditar, e se a seguir...
Acredito, e a minha intuição tem-me dito que apesar dos caminhos tortuosos pelos quais ultimamente tenho passado, encontrarei a felicidade que todos buscamos, que todos desejamos. Não tem sido fácil, o que tenho vivido nos últimos tempos, mas uma vez mais, de repente aconteceram-me algumas coisas que me puxaram do fundo onde me encontrava, e que me fazem acreditar com mais e mais força, que é possível, é possível ser feliz.
Tal como há uns tempos, fui invadido por uma sensação boa que me preenche, e apaga a dor e o vazio que tem ocupado a minha existência. E nunca esperei tão rápidamente e sem aviso (tal como os relampagos que falo no post anterior) encontrar novamente um caminho após o grande tombo que dei... aliás pensei que nunca iria encontrar um caminho tão tranquilo, alegre e bom, como este que se me depara neste momento... e ao contrário daquilo que senti imediatamente no momento em que me aconteceu a situação anterior, em que algo me dizia que não iria ser para sempre (também nessa vez a minha intuição falou e não falhou), desta vez algo me diz que é o contrário. Que vai ser para valer... A cada dia, a cada hora, a cada minuto que passa, tenho mais convicção e certeza que a felicidade me bateu à porta, apesar de ainda não ter entrado, e esteja algo renitente em o fazer... talvez por minha causa, talvez não acredite que a vou receber de braços abertos, e se a vou acolher no meu regaço, até ao fim. Talvez ela, a felicidade, acredite quando entrar e sentir a sinceridade do meu abraço, da minha vontade de a ter comigo para sempre!

Relâmpago...

Há coisas que se acontecem na nossa vida como relâmpagos, de repente, sem aviso… e por vezes não estamos preparados para as encarar, mas outras vezes, são exactamente aquilo por que sempre esperámos, e atingem-nos com uma força colossal...!!!

Dias assim…

Há dias em que nos apetece esconder… esconder da vida, e deixar que o dia passe até que venha o amanhã, e o depois… mas não, temos de vivê-la, vivê-la como se não houvesse amanhã!!! Assim pelo menos, deve ser…!!! Mas há dias complicados… e cinzentos.
Cinzentos como as nuvens que pairam sobre o céu de hoje, que pairam sobre a minha cabeça por vezes…!!!
Luas que me fecham completamente o céu por cima de mim, e que não me deixam ver mais além…Mas uma clareira azul no céu novamente está a surgir, e já consigo ver o sol!!! Vejo um raiozinho ainda tímido, mas que provavelmente virá dar uma luz à minha vida…!!! Para já, estou a gostar do calor terno e luz que esse raiozinho emana, ainda que ao longe. Quem sabe…!

Mors-Amor

Esse negro corcel, cujas passadas

Escuto em sonhos, quando a sombra desce,

E, passando a galope, me aparece

Da noite nas fantásticas estradas,

Donde vem ele? Que regiões sagradas

E terríveis cruzou, que assim parece

Tenebroso e sublime, e lhe estremece

Não sei que horror nas crinas agitadas?

Um cavaleiro de expressão potente,

Formidável, mas plácido, no porte,

Vestido de armadura reluzente,

Cavalga a fera estranha sem temor:

E o corcel negro diz: "Eu sou a Morte!"

Responde o cavaleiro: "Eu sou o Amor!"

(Antero de Quental)

Portas que se fecham... portas que se abrem!

Há alturas na nossa vida em que sentimos que todas as portas se fecham na nossa cara, como que se nos dissessem “não te quero aqui”… e batem-nos com ela no nariz, magoando-nos sem percebermos muito bem porquê…
Essas portas fecham-se para que possamos vislumbrar nos corredores do grande castelo da vida que estão outras a abrirem-se, para que possamos entrar e conhecer mais uma sala da evolução pessoal!

Pensamentos

Os pensamentos são como o mar… às vezes calmos, às vezes revoltos…
Por vezes até tão profundos como o mais fundo dos abismos oceânicos, e outras tão elevados como a maior das vagas… mas tal como quando estamos no mar, desejamos a tranquilidade de um mar calmo e sereno, assim como nos nossos pensamentos.
Navegar calmamente no mar da minha mente… e ser feliz, é o que desejo, e ás vezes ultrapassar as vagas e os pensamentos encapelados, não é uma viagem fácil!
Mas de viagens difíceis se fazem as grandes epopeias.

Viver

Viver é como desfolhar um livro que abrimos quando nascemos, e o queremos ler até ao final...até ao FIM.
Em todos os capítulos da vida temos momentos em que choramos, em que rimos com o que o enredo nos prepara, mas todos os capítulos têm um final. Um final que dá lugar ao início de outro, que esperamos ser emocionante e que levem a um final feliz.
Por isso, quando a vida nos prepara coisas que não esperamos, coisas com as quais temos dificuldade de lidar, e de ultrapassar, devemos pensar sempre... “é só mais um capitulo” que breve irá acabar, para começar o seguinte. Não devemos querer arrancar páginas da vida, para que tudo faça sentido no final, por maior vontade que tenhamos por vezes!
Devemos então sim, colher os ensinamentos que cada capítulo da nossa vida nos transmite, e abordar o próximo, aprendendo como se fossemos viver para sempre, e vivendo como se o final do livro fosse na próxima página!

É fácil falar... mas "ler" o livro da vida é um pouco mais difícil, e compreender então, pode parecer-nos uma missão quase impossível... mas também ninguém disse que era uma obra de leitura fácil. As melhores obras têm enredos complexos...

Blue Dress

Put it on

And don't say a word

Put it on

The one that I prefer

Put it on

And stand before my eyes

Put it on

Please don't question why

Can you believe

Something so simple

Something so trivial

Makes me a happy man

Can't you understand

Say you believe

Just how easy

It is to please me

Because when you learn

You'll know what makes the world turn

Put it on

I can feel so much

Put it on

I don't need to touch

Put it on

Here before my eyes

Put it on

Because you realise

And you believe

Something so worthless

Serves a purpose

It makes me a happy man

Can't you understand

Say you believe

Just how easy

It is to please me

Because when you learn

You'll know what makes the world turn

(Depeche Mode)

Déjà vu...

Déjà vu... essa sensação que todos já sentimos, em que nos parece já termos vivido certas situações ou ter estado em determinados locais que visitamos...
Já todos estiveram confusos pensando... “mas que estranho... eu já estive aqui!!!”
Há quem diga que são pequenas paragens cerebrais que levam o nosso cérebro a fuincionar desfazadamente, entre aquilo que pensa, as memórias, e aquilo que os olhos vêm e lançam em flash para o cérebro.
Mas o que dizer quando estamos em certos locais onde nunca estivemos antes, e que nos parecem tão familiares? Serão déjà vu?
Apesar de já ter estado antes em Paris, na última vez que lá estive, tive sempre a sensação de me encontrar, como que em casa... tenho uma sensação de familiaridade com aquelas ruas, aquelas casas, aqueles locais, que me parecem ser a minha terra há muitos anos.
Poderei eu ter vivido em Paris há muitos anos, noutras vida, que não nesta??? Talvez, quem sabe...
O que é facto, é já estive em muitos lugares e nunca tive a sensação que tenho quando vou a Paris... é estranho.

Hino à liberdade

Hino à loucura, à liberdade…!!!

Apetecia-me largar tudo e partir para outro lugar, fazer outras coisas, conhecer outras pessoas, mudar de vida…
Só que isto não é fácil de fazer… não é fácil porque existem alguns “pormenores” que de alguma forma, nos impedem de continuar, isto se descermos à terra e nos focarmos naquilo que necessitamos para continuar a viver com o conforto a que estamos habituados. (uma estupidez, mas uma realidade a que estamos acostumados!)
Ao mesmo tempo, este conforto, não é de todo o mais importante para que consigamos ter a tranquilidade que é fundamental para sermos felizes…! É esta dualidade que me traz tantas dúvidas e incertezas.
Gostava de me mudar para o campo… de ter um trabalho em que pudesse ser útil à sociedade de uma outra forma.
Talvez seja possível daqui a uns meses… talvez… (estou a trabalhar nesse sentido!!!) … a ver!

Sem sentido...

Por vezes sentimos coisas sem sentido…
Sem sentido, porque nos fazem tristes, e nos tolhem o pensamento…
Sem sentido, porque devemos ficar alegres, e temos a obrigação de ser felizes…
Sem sentido, porque há coisas tão boas, que podemos fazer…
Sem sentido, porque tudo depende de nós…!
Sem sentido, porque a vida é para ser vivida, sentida, e com sentido…!

Cidade

Cidade, rumor e vaivém sem paz das ruas,
Ó vida suja, hostil, inutilmente gasta,
Saber que existe o mar e as praias nuas,
Montanhas sem nome e planícies mais vastas

Que o mais vasto desejo,
E eu estou em ti fechada e apenas vejo
Os muros e as paredes, e não vejo
Nem o crescer do mar, nem o mudar das luas.

Saber que tomas em ti a minha vida
E que arrastas pela sombra das paredes
A minha alma que fora prometida
Às ondas brancas e às florestas verdes.

(Sophia de Mello Breyner Andresen)

Voltar a sorrir...!

Voltar a sorrir...

Será que voltarei?...Claro que sim...voltarei a sorrir.

Agora sinto-me perdido, sinto-me triste, mas sei que tudo vai correr bem.

No fundo do tunel, está o portal para a liberdade, liberdade que necessito para as minhas prisões, as minhas amarras!!!

Vou demorar a lá chegar, mas quando lá chegar, serei capaz de ser feliz, serei feliz!

A Felicidade, começa com a tranquilidade da mente...

E tenho tido umas ajudas que me têm sido fundamentais, para eu encontrar o caminho. A minha mais que amiga do coração, tem-me aturado, e segurado nos meus momentos difíceis. A ela devo muito.

Estou a começar a tomar o rumo que preciso para me desamarrar destes sentimentos, e navegar em direcção ao porto seguro que me espera, mas por vezes apesar da bússola me mandar seguir numa direcção, acabo por o fazer noutra direcção, mesmo sabendo que não é o rumo certo... depois, lá tenho de retomar todo o caminho de volta ao que devo fazer.

Acordei...

Hoje acordei triste... triste outra vez!!! Tou farto disto... pffff!!!
Triste porque não consigo libertar-me... triste porque tenho saudades...
Sei que não posso, nem quero continuar assim, mas este caminho é tortuoso, e faz-se de passos para a frente e passos para trás! E hoje foi um passo atrás...!!!