quinta-feira, 28 de junho de 2007

A mitologia na perspectiva feminina

Uma expressão da qual eu gosto é ‘ a esperança é a última a morrer’.
A falar com os meus amigos, poucos, para não dizer à excepção de um, sabia o que queria dizer esta expressão. Percebi então, que se trata de uma expressão que pouca gente sabe a sua origem, eu própria soube por acidente, senão ainda hoje vivia na ignorância que naquela altura, que nem há registos de datas, os gajos passavam os seus tempos livres a fumarem umas ganzas, a emborcarem copos e a registar quem é que dizia mais disparates por milésimo de segundo.
Pensando na origem desta expressão, só encontro um mundo de fantasias onde cabem todos os fundamentos nela utilizada, porque só pode ser tanga. Ora vejam, qual era a gaja que depois de comer um gajo abria uma caixa que ele tinha lá p’ra casa - e era logo aquela caixa, ou abriu todas as que o homem tinha em casa? - e só deixou de lá sair o que era mau deixando no fundo da dita caixinha o mal que iria destruir a esperança. Que gaja era esta? Era parva?
Não me parece muito credível o que por aí se diz, trata-se de uma expressão meramente mitológica que só os gregos é que tinha a capacidade de inventar, porque não faziam nenhum por aquelas bandas e o calorzinho que se fazia sentir era de tal ordem que os homens alucinavam e saia-lhes disto pela boca fora, ou então muita droga se consumia naqueles verões lá p’rás bandas do mediterrâneo.
Uma coisa é certa, se a origem tem sentido ou não, a expressão bate certo, a esperança é a última a morrer, então em coisas de gaja funciona às mil maravilhas. Por exemplo:
Quando uma gaja conhece o homem perfeito, trocam números de telefone e ele diz que lhe liga no dia a seguir, o que é que está aqui implícito? A esperança é a última a morrer, ela vai esperar até perceber que o gajo não era assim tão perfeito e não lhe vai ligar, e nisto já passaram uns 8 dias na boa.
Quando depois de um Inverno em que foram ingeridos centenas de chocolates e tudo que fazia mal à linha, uma gaja começa a fazer a sua dieta para o verão, tem a esperança que no dia D quando pisar a areia da praia está com um corpinho perfeito. Nunca lá chega, continua insuflada mas a esperança contínua. Lá está a esperança a actuar.
É uma expressão que está latente nas nossas mentes que somos crédulas que vamos encontrar o homem perfeito e que o nosso corpinho um dia será o tal, etcétera e tal. Isto tudo é igual a ‘ a esperança é a última a morrer’.
Vive uma gaja para isto?

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